Novo medicamento denominado Kesimpta (ofatumumabe) recebeu aprovação esta semana pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para tratamento por via subcutânea de pacientes adultos com formas recorrentes de esclerose múltipla.
Tais formas clínicas representam a síndrome clinicamente isolada (quando da ocorrência do primeiro sintoma ou surto), a doença recorrente-remitente e doença progressiva secundária ativa, em adultos.
O ofatumumabe faz parte da classe de medicamentos anti-CD20, que depletam células B, sendo o primeiro desta classe que pode ser autoadministrado em casa por meio de uma caneta autoinjetora.
Os estudos mostram que o fármaco promove depleção rápida e profunda de células B, contribuindo para a interrupção da atividade da doença em pacientes com EM recorrente (com surtos).
Em uma das análises, 47,0% e 87,8% dos pacientes tratados com ofatumumabe não obtiveram evidência de atividade da doença no primeiro e no segundo ano de tratamento, respectivamente. Seu perfil de segurança mostrou-se também adequado, comparável ao da teriflunomida, já em uso aquii em nosso meio.
A expectativa é que em breve esteja pronto para ser comercializado no Brasil, compondo o leque cada vez maior de opções terapêuticas disponíveis para as formas recorrentes de esclerose múltipla.